domingo, 12 de junho de 2011

Hay que endurecerse...

     Eeeeeeeee, arrumei um tempinho pra escrever! Não foi, propriamente, um tempo "buscado" por mim, mas (que bom!) encontrado! Diante de mais uma noite chuvosa no RJ, sem luz, tv, e demais serviços ESSENCIAIS (rsrsrs), só me resta teclar...
     A falta de orpotunidade para postar se deve a uma razão muito simples, e, ao mesmo tempo, muito importante para minha carreira: voltei aos estudos freneticamente! Mas, embora esteja feliz com o retorno, não consigo me livrar de alguns questionamentos sérios, e que, tenho certeza, afligem muitas outras cabeças "concursandas" pelo Brasil afora: Qual o propósito de tanto estudo? O concurso público é mesmo um desejo, ou passou a ser uma questão de honra? E, principalmente, para quem eu estou fazendo tudo isso, para mim, ou para os outros? Decidi escrever um pouco sobre o tema, porque, para seguir adiante nesta longa jornada, é preciso encontrar as respostas; do contrário, você se deparará com a estagnação em todas as esferas da sua vida.
    Digo isso de forma veemente, sem medo de ser radical (embora tenha a certeza de que só os concursandos entenderão a seriedade da afirmativa), porque, num determinado ponto da nossa estrada, começamos a atrelar qualquer coisa à tão sonhada aprovação. Quem ainda não ouviu de um amigo(a), parente, ou namorado(a) a frase: "Só caso depois que passar!", ou então "Filhos só depois de aprovado!"? O concursando é tão cruel e exigente consigo mesmo, que até as coisas simples, como uma viagem curta ou um chopp no bar da esquina, se tornam instrumentos para uma verdadeira chantagem emocional própria! Para que uma mente "não concursanda" possa entender melhor, funciona mais ou menos assim: os amigos chamam para uma reles cervejinha num sábado à noite, mas o concursando só se permitirá encontrá-los se i) já tiver terminado a leitura das 250 páginas selecionadas do "Curso de Direito Administrativo", de Celso Antônio Bandeira de Melo; ii) a "cervejinha" se limitar a 2 latas; iii) voltar para casa até às 22h, mesmo que tenha chegado no encontro às 21:30h, porque o dia seguinte é de estudo, e a mente precisa estar íntegra!
     Isso é só uma prévia do que somos capazes de fazer para não deixarmos de estudar tudo aquilo que selecionamos para um determinado dia. Daqui a pouco, começaremos a vincular até os banhos (!!!) à aprovação no concurso!
     E tem mais. Isso não costuma ser por pouco tempo. Para ciência daqueles que estão "mais por fora que bunda de índio", esta vida de privações, como regra, subsiste por longos anos, até o tão almejado ingresso na carreira pública, seja ela qual for.
     Por tudo isso, a obtenção das respostas aos questinamentos mencionados é de extrema importância; a  jornada somente será amenizada se tivermos plena consciência do porquê  de tanto esforço e de onde queremos chegar com ele.
     Um bom começo para conseguir "clarear" as coisas é tentar definir nossas metas profissionais. Vejo muitas pessoas estudando "genericamente" para concurso público, sem mesmo saber para qual deles se quer passar. Isso, para mim, é uma das maiores causas de desistência no meio da grande jornada. Sem objetividade, não há motivação; e sem motivação, não há perseverança.
     Após a definição da carreira desejada, mas não menos importante, o concursando precisa se perguntar de quem foi a opção pelo concurso público. Às vezes nos perdemos em nossas vidas profissionais, porque sonhamos sonhos alheios, ou, pior ainda, nos permitimos servir de instrumento para realizações de terceiras pessoas, sejam elas nossos pais, amigos, ou qualquer outra. Isso é mais comum do que imaginamos, mesmo nos dias de hoje, cujo grau de liberdade de escolha é altíssimo, se comparado a algumas décadas atrás.
     Eu mesma não consegui superar esta dúvida dentro de mim ainda. Inicialmente, a escolha pelo concurso público foi minha, sem qualquer ingerência familiar. No entanto, a medida que os anos foram passando, meus pais se empolgaram ao perceber o nível do meu esforço, e começaram a projetar grandes expectativas sobre o meu futuro. Hoje, passados cinco anos de muita dedicação, e um investimento financeiro absurdo por parte do meu pai, não conseguiria "jogar a toalha" e me direcionar a outra carreira, mesmo que eu quisesse muito. Então eu me pergunto: seguir em frente continua sendo uma opção minha, ou durante todo o percurso feito até aqui houve um desvirtuamento da coisa?
     De toda sorte, sabendo o quê, e para quem, faltará, ainda, ao concurseiro definir o porquê de prestar um concurso público. Neste aspecto, observo, no dia-a-dia, que, quanto mais próxima está a motivação da realização profissional, mais eficazmente o estudante consegue superar os obstáculos do percurso. O direcionamento com bases meramente econômico-financeiras costuma ser como álcool combustível: proporciona maior velocidade, porém o consumo se dá mais rapidamente. Trazendo a analogia ao concurso público, querê-lo única e exclusivamente objetivando uma boa remuneração pode ser útil para uma motivação inicial, mas o incentivo não dura muito, e a pessoa acaba desistindo.
     Acho que se o concurseiro conseguir uma resposta satisfativa a estas perguntas, a chance de frustração por uma escolha errada diminui consideravelmente, isso sem falar na economia de tempo e dinheiro caso se conclua que não é nada disso que a pessoa quer. Mas é muito importante que não nos deixemos levar por todo o tempo e dinheiro dispendidos até aqui, para justificarmos a insistência numa carreira que não é aquela a qual realmente desejamos. Se o percurso até agora foi grande, não podemos nos esquecer que ainda há muito pela frente, e realizações pessoais e profissionais são extremamente relevantes para uma vida de sucesso.

       E para aqueles que têm certeza de onde querem chegar com o concurso público, fica aqui um conselho útil: foquem na carreira que desejam, direcionem seus estudos com base nela, se dediquem muito, mas não se esqueçam nunca que, para uma caminhada eficiente, é preciso estar com mente e corpo sãos. Permitam-se ir a um cinema de vez em quando, tomar um choppinho com os amigos, e até mesmo casar! A vida precisa ser vivida enquanto não obtemos a sonhada aprovação, porque o dia que vivemos hoje não voltará em hipótese alguma! Por certo será necessária uma dose de moderação e bom senso, mas não esqueçam que vocês são seres humanos como outro qualquer, que precisam rir, chorar, se divertir, distrair a cabeça, e descansar! Lembre-mo-nos sempre das sábias palavras do inspirador Che Guevara, muito apropriadas para tudo o que foi dito: "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás"!  
     Boa semana, e bons estudos a todos!
  

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Resoluções de Ano Novo - Parte 2

   Como eu havia mencionado no post anterior, era fato que voltaria da viagem cheia de histórias pra contar, e, obviamente, com mais algumas metas para 2011 a cumprir.
   Antes de mais nada, gostaria de dizer a todos que, agora, faço parte de um outro blog, muito legal, diga-se de passagem, sobre viagens. Entrem no www.viajamos.com.br/profile/LETICIAPOCHETTINIMARTINS e confiram meu post sobre Jericoacoara. Neste site, podemos escrever sobre as viagens que fizemos, dar dicas aos outros membros, e receber informações valiosas sobre algum lugar que iremos conhecer. E é lá que vocês encontrarão as histórias das minhas férias em Fortaleza e Jeri.
   Voltando às resoluções de ano novo...
   A viagem de reveillon me fez ter um pouco da percepção do que seria participar de um BBB. Isso porque, mesmo estando entre amigos, as controvérsias sobre algumas opiniões se tornam latentes, e o tempo de convivência, certamente, potencializa ainda mais as coisas. Esse me parece ser, inclusive, um dos maiores problemas enfrentados por casais, nos relacionamentos vividos sob o mesmo teto. No geral, entretanto, as férias foram maravilhosas, e acho que encontrei o lugar onde gostaria de passar o resto da minha vida: Jericoacoara! Ai, ai, Jeri...

   Taí uma coisa que terei que fazer, obrigatoriamente, em 2011: voltar ao que apelidei de filial do paraiso, mas, da próxima vez, não mais por míseros 5 dias; ficarei pelo menos 1 mês inteiro! Uma semana é muito pouco pra conseguir captar toda a energia positiva daquele lugar. A paz que emana de Jeri é mágica, aconselho a todos uma ida até lá.
   Também conclui, com a viagem, que entre aprender a falar o que pensamos e o bom senso há um estreito limite, e, se não nos cuidarmos, corremos o risco de nos tornarmos inconvenientes. Sendo assim, como promessa para o ano que chegou, tentarei ser mais cuidadosa com as palavras que saem de minha boca. Isso não vai ser difícil, porque só desenvolvi a capacidade de falar algumas coisas que vêm à cabeça graças a anos de terapia; antes, engolia um sapo atrás do outro, o que, convenhamos, também não é bom, né?!
   Por falar em terapia, assim que retornei das férias fui encontrar minha psicóloga, mas sem nenhum motívo específico; não deixo de frequentar meu "cantinho do pensamento", pelo menos uma vez por semana, há mais de 7 anos! E, logo na primeira sessão de 2011, a Joana já me massacrou com um problema que venho apresentando há muito tempo, e que nunca consigo solucionar: a dificuldade de lidar com frustrações. Não tenho a menor dúvida que, hoje, esse é o grande responsável pelo meu "boicote" emocional, o que afeta, consequentemente, a minha vida pessoal e profissional. Não é à toa que, desde a reprovação na prova oral do concurso para a Magistratura do TJ/MG, meu rendimento com o estudo chegou a quase zero, e deixei de acreditar na minha tão esperada aprovação. Levando-se em conta que inseri, como a grande meta para 2011, passar no concurso, preciso, urgentemente, aprender a levantar a cabeça quando as coisas não acontecem da forma que espero, até para não ser contraditória, não é mesmo? Aliás, pensando bem, a origem da "trava" que tenho para falar em público pode ser, justamente, essa. O medo de não corresponder às expectativas alheias, de falar besteira, e de não atingir meus objetivos me impede de exercer a oratória com desenvoltura. Tanto isso é verdade que, quando estou em uma roda de amigos, na informalidade, e sem ninguém focando suas atenções em mim, eu falo que é uma beleza! Dizem, inclusive, que falo demais...tudo intriga da oposição! Rsrsrsrs...
   Gostaria, ainda, de estabelecer como resolução para 2011 viajar mais com os amigos. Infelizmente, porém, não posso inserir esta meta na minha lista de prioridades, porque, mais do que vontade, pode me faltar grana mesmo! Ao contrário de Leide Keite, de Zorra Total, "Gramour eu tenho, só me falta-me o dinheiro"!!! Tá certo, não posso reclamar de grana de uma forma geral; tudo o que tenho, contudo, devo a meu grande e amado pai, já que, como vocês sabem, sou uma reles advogada-desempregada-concursanda, e, como todo concursando, sou uma pessoa dura por natureza!
   Mas, depois de tudo o que disse sobre as resoluções de ano novo, a única coisa que preciso fazer, de imediato, e em caráter de urgência, é tirar, momentaneamente, Jericoacoara da minha cabeça! Gente, é sério! Depois que voltei de lá, parece que nada mais tem tanta importância! Todas as metas que coloquei para este ano se resumirão a uma, se não conseguir deixar Jeri um pouco de lado: ir embora pra lá! E, como minha realidade, no momento, me impede de deixar, definitivamente, Niterói, o melhor que faço é guardar as lembranças do paraíso no coração, e me esforçar para que todos os meus outros objetivos se realizem.
   Só para vocês entenderem o que estou dizendo, deixo aqui alguns registros do paraíso feitos por mim. Enjoy it!

  






   Ah! E já ia me esquecendo! Como mais uma resolução de ano novo, tenho que acompanhar TODOS os jogos do meu Mengão em 2011, impreterivelmente! Depois da contratação de Ronaldinho "Carioca", e com um meio-campo integrado por Willians, Maldonado, Thiago Neves e Ronaldinho, assistir aos jogos passou a ser, não só um prazer, mas uma obrigação! Isso, claro, pra quem gosta do bom futebol, né?! Engole aí, cambada de invejosos!!! Hahahahahahahaha!

   Um bom ano a todos!