terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Resoluções de Ano Novo - Parte 1



      Assim como todo mortal, sempre, no final do ano, elaboro uma "pequena" lista de coisas que pretendo fazer, ou atitudes que desejo modificar, para os próximos 365 dias. É da natureza humana relacionar, e isso fica claro quando, sem nem mesmo sabermos escrever, elencamos, verbalmente, quando crianças, uma lista de presentes a ser entregue a Papai Noel. Listar é saudável, porque acaba sendo uma forma de tornar nossos desejos mais palpáveis. Mas, igualmente como todo mortal, não cumpro sequer 1/3 do que eu chamo "resoluções de ano novo"!
   Mesmo diante desta constatação, não consigo deixar de elaborar a minha listinha. Tenho certeza que não cumprirei muitos daqueles objetivos, e, alguns deles, inclusive, são "reedições" de anos anteriores, mas, entra ano, sai ano, ela está lá, a famigerada relação! A única coisa que, em 2010, farei diferente dos outros anos, é compartilhá-la aqui, pelo menos a parte "publicável (rsrsrs) da minha "Wishlist" para 2011. Quem sabe vocês não se identificam com os meus desejos, e, posteriormente, compartilham seus desapontamentos?! Brincadeiraa à parte, tem gente que consegue realizar tudo, né?!
   Bem, como eu não faço parte deste seleto grupo de, digamos, "empreendedores", vamos às resoluções!

   1ª) Passar no concurso!!! "PELAMORDEDEUS", não aguento mais!!! Em 2011, completo 5 anos de estudos intensos, e, até agora, nada! Tá certo que, em 2010, consegui chegar, pela primeira vez, na prova oral de um concurso pra magistratura, meu sonho, mas tá na hora de avançar, minha gente!!! Tenho certeza que "o que é meu está guardado", mas precisava guardar tãããão escondido, meu Pai???
   2ª) Para que a resolução nº 1 se concretize, será extremamente necessário passar pela resolução number 2: fazer um curso de oratória, provavelmente o da Rogéria Guida, para evitar o verdadeiro fiasco que foi a prova oral mencionada anteriormente. Traumas profundos...
   3ª) Tentar me tornar uma pessoa mais calma, não tão estressada, para "evitar a fadiga", como dizia o Chaves! Quem sabe não me matriculo numaYoga (se eu tiver paciência! Rsrsrs)?
   4ª) Encontrar (ou reconsquistar, quem sabe) o homem da minha vida (ou um genérico, na falta da primeira opção! Hahahahaha, brincadeira!).
   5ª) Cuidar mais da minha saúde; não só da física, mas também da mental.
   6ª) Não me endividar. Se bem que, pra não ser mais uma cláusula jogada fora, vou reformular a resolução: Não me endividar MUITO em 2011. É, assim está melhor!
   7ª) Fazer uma grande viagem. Este é um quesito que cumpro todos os anos, mas, em 2010, não deu pra realizar, por conta do casamento da minha irmã; a verba ficou curta!
   8ª) Concluir meu curso de fotografia, e expandir meus horizontes com atividades que sempre tive vontade de fazer, como aprender a tocar violão, fazer uma aula de canto, e retomar o estudo do inglês.
   9ª) Se eu tivesse marido, colocaria como 9ª resolução engravidar, mas como não tenho (e duvido que, em 1 ano, eu conheça alguém, case e engravide!), vou colocar "dar mais atenção aos filhos das minhas amigas" como meta.
   10ª) Estar mais disposta a conhecer pessoas novas, não me guardando tanto ao meu estreito círculo de amizades. Amo muito meus amigos, mas é sempre bom estabelecer novos relacionamentos. Eles mesmos brigam comigo, dizendo que sou muito "fechada" para o novo. Acho que a explicação para isso é o medo do desconhecido. Taí um ponto que também preciso melhorar...
   11ª) Reclamar menos das coisas. Se tiver que fazer algo, simplesmente o farei, sem mais delongas...
   12ª) Ser menos dramática com as coisas, senão, daqui a pouco, estou igual à mamãe! Apelidei minha amada genitora de "Jurema do Bairro", porque, pra tudo, ela faz uma novela mexicana, vocês não fazem idéia! Hahahahaha, tadinha...
   13ª) Visitar mais meus parentes em suas casas. Eles vivem na minha, mas eu, raramente, vou nas deles...
   14ª) Comer melhor, ou seja, me alimentar de forma mais saudável. Deixar os Cheddares, Quarteirões, pizzas (ai, já deu fome!), e tudo o que há de mais gostoso para o fim de semana. Ir ao Horti-fruti não só para atacar a prateleira de Nutella e a barraca de biscoitos a peso!
   15ª) Definitivamente, preciso aprender a viver a vida, ao famoso modo "um dia de cada vez". Muitas pessoas dizem isso, mas poucas sabem, de fato, como fazê-lo. Minha ansiedade me controla, na maior parte do tempo, e me impede de desfrutar de momentos atuais, por estar sempre pensando o que acontecerá à frente. Preciso, com urgência, aprender a dominar meu lado ansioso. Alguém se habilita a me indicar maneiras de por esta meta em prática?
   Essa é a primeira etapa das minhas resoluções de ano novo, e, também, as medidas que considero mais urgentes; a segunda sempre vem depois do reveillon, quando situações simplesmente acontecem, e delas novas metas aparecem, tais como "nunca mais farei algo", ou "devo voltar a determinado lugar"!
   Espero, sinceramente, que todos tenham uma excelente entrada de ano, e que consigam realizar pelo menos a maioria de seus desejos para 2011. Grande beijo, e até o próximo post!

sábado, 13 de novembro de 2010

All you need is love...

   Ao longo desta semana, uma conversar me fez expor um pouco do que penso sobre relacionamentos, e, confesso, todas as vezes que faço isso, acabo me sentindo meio "E.T."! Hoje em dia, as pessoas, de uma forma geral, estão tão descrentes no amor, que sempre que a minha opinião sobre casamento vem à tona, o público (geralmente feminino) me olha atravessado, como se eu fosse louca! Sim, porque as pessoas costumam achar que a minha forma de ver a questão é romantica, infantil e até fantasiosa, isso tudo pelo simples fato de eu, apesar de todos os pesares, ainda acreditar em amores pra vida toda, em casamentos que duram verdadeiramente até a morte. E sempre, ao final de cada rodada de debates calorosos, regados a muito choppe, volto pra casa me perguntando: será que, realmente, a minha maneira de enxergar as coisas é excessivamente lúdica?
   Sinceramente, penso que não. Loucura não está em crer em relacionamentos duradouros, mas sim em casamentos que se sustentam pelo simples fato de haver um papel assinado pelas partes interessadas.
   As pessoas, atualmente, são extremamente intolerantes e egoístas, por isso estão mais preocupadas em encontrar suas felicidades, do que proporcionar a mesma satisfação ao parceiro; parecem esquecer que um casamento, assim como qualquer relacionamento de convivência, requer cuidados, atenção, investimento e paciência, para que seja bom para todos os envolvidos. Infantil seria pensar que ser ou não feliz no casamento é apenas uma questão de sorte ou azar.
    Eu até poderia enxergar os relacionamentos amorosos de maneira negativa, já que, ao longo da minha humilde existência, experimentei inúmeras desilusões nesta "seara". Mas, pelo contrário, cada namoro terminado, cada relação que não deu certo, só serve para me fazer ter certeza de que o "homem da minha vida" ainda está por vir. Tá certo que meu "principe encantado" está vindo de jegue (e o bicho empacou!), mas ele há de chegar! Não vou perder as esperanças de formar uma família de "propaganda de margarina", só porque uma meia dúzia de homens mal resolvidos, mal amados e mal acabados me trouxeram grandes decepções! Desculpem a expressão, mas f* eles!!!
   Acho até que muitos daqueles que me criticam, no fundo, só são contra o amor e o casamento porque amargaram alguma desilusão amorosa de grande proporção, em algum momento de suas vidas. E é comum isso acontecer. Mas não podemos deixar que as incertezas e as inseguranças do outro nos afetem ao ponto de nos fazer modificar aquilo que desejamos para o nosso futuro.
   É óbvio que tenho medo de amar. A gente não tem bola de cristal, pra saber se as decisões que tomamos nos conduzirão ao lugar onde desejamos estar. Entretanto, é preciso permitir que as coisas aconteçam, e trabalhar duro para que saiam conforme gostariamos. O final feliz é só uma consequencia...
   Dependendo da pessoa que esteja com você, dos pontos em comum que ambos tenham, enfim, dependendo de uma série de fatores, o risco do relacionamento pode ser alto ou baixo, mas seria ilusão achar que não haverá riscos! É um investimento como outro qualquer, e, por isso, sempre terá sua dose de "sorte". Mas percebam, a "sorte" é apenas um dos ingredientes, e jamais vira dissociada de muito trabalho árduo para fazer com que as coisas dêem certo.
   É difícil? Claro! A convivência é, acima de tudo, uma arte! Eu nunca disse que acreditava ser fácil, apenas penso, de coração, que vale a pena...talvez este seja o diferencial...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Tendências para o verão 2011!

Como eu A.D.O.R.O. moda (um dia ainda me meto a fazer uma faculdade!), vou postar aqui fotos de alguns modelos tendências para o verão 2011, inclusive uns biquinis que vi no desfile da Salinas, e achei, simplesmente, maravilhosos!
Como não poderia deixar de ser, o próximo verão vem bem alegre, com predominância de estamparias e uma cartela de cores variada. Os tons fluor continuam em alta, mas devem ser combinados com cores neutras, como o nude e o branco. Aliás, as cores vibrantes são vistas, também, nos esmaltes de unha, que estão cada vez mais coloridos.



   E o que falar dos lindos biquinis da Salinas? Assisti ao desfile e fiquei encantada! Cada entrada na passarela me dava um "comichão", uma vontade louca de adquirir todas aquelas peças! A marca investiu na feminilidade, com babados, cortes assimétricos e estampas multicoloridas. Simplesmente o máximo!





   Mas o verão 2011 não será composto somente estamparia e cores fortes.
   O minimalismo chega com tudo às prateleiras mais sofisticadas, revelando-se uma tendência não só para a próxima estação, como também para o inverno 2001.
      O termo "minimalismo" refere-se ao movimento surgido no século XX, mais precisamente no final dos anos 50 e no início da década de 60, em Nova York, cuja maior expressão se deu nas artes visuais e no design. Um trabalho minimalista requer a priorização do essencial, a redução dos excessos, uma composição mais clean.
   Na moda, a tendência minimalista segue os mesmos alicerces, prezando por cortes mais retos, uma cartela de cores neutra, e roupas sem tantos detalhes. O uso da alfaiataria consolida o minimalismo, que, vira e mexe, influencia os grandes estilistas da atualidade.
   O lema do minimalismo: "Menos é mais".
   A seguir, exemplos de peças minimalista, que serão vistas sempre vistas no mundo da moda.



   Aproveitem as dicas, prezem sempre pela elegância, e bom verão!!!
  

Insatisfação

   Hoje acordei pensativa sobre a vida, o rumo que damos a ela, e o porquê de, às vezes, mesmo tendo tudo o que queremos, ainda sim ficarmos insatisfeitos. Na verdade, estes questionamentos não vêm de uma simples noite mal dormida. Sempre penso nisso, e, esta semana, especificamente, minhas idéias foram potencializadas ao assistir aos filmes "Comer Rezar Amar" e "Vicky Cristina Barcelona". Já deu pra perceber que filmes mexem comigo de alguma maneira, né?!
   Seja lá qual tenha sido o ponto de partida, fato é que não só eu, mas muita gente que conheço, tem os mesmos pensamentos. Por que é tão difícil encontrarmos a realização plena? Por que queremos sempre mais, e, muitas das vezes, não conseguimos, sequer, valorizar aquilo que conquistamos?
   Geralmente, por estarmos descontentes com alguma situação, ou não satisfeitos com algo que possuimos, somos acometidos de uma "cegueira", que nos impede de enxergar as coisas como elas realmente são. Muitas vezes, o caminho para a felicidade e para a realização estão do nosso lado, ou a nossa frente, mas não conseguimos perceber. Isso acontece muito com os amores. São mais comuns do que imaginamos, casos de pessoas que procuram, incessantemente, pelo grande amor da sua vida, mas criam um "filtro" de qualidades desejadas tão exigente, que não conseguem enxergar alguém a sua volta. Sem falar naquelas situações em que namoramos, ou estamos casados, com pessoas maravilhosas, mas não conseguimos deixar de desejar outros amores, pelo simples fatos de querermos sempre aquilo que não temos. Aí, quando o parceiro decide nos deixar, tentamos correr atrás do que perdemos. Por acaso alguém já viu isso?
   O hábito de menosprezar o que temos é levado, até mesmo, a coisas mais banais. Quer ver? Quantas vezes nós, mulheres (principalmente), por desejarmos AQUELA peça de roupa específica que está na vitrine, dizemos: "Eu não tenho roupa, meu armário está vazio!", quando, na realidade, nosso closet está cheio de coisas legais, e somente AQUELA não pertence ao nosso "pequeno patrimônio"? Inúmeras, não? E quando nossa geladeira está cheia de comida, mas por não ter AQUELE doce que gostaríamos de comer, dizemos: "Nessa casa não tem nada!". Chega a ser pecado...
   Mas, afinal de contas, por que estes sentimentos acontecem? Com toda a sinceridade, não sei...
   Não tenho a menor dúvida de que as insatisfações, de certa forma, servem de mola propulsora para atingirmos os nossos objetivos, quaisquer que sejam eles; creio ser este o lado positivo. Aliás, seria ótimo se nossas inquietações tivessem apenas esta função, a de injetar ânimo para seguirmos em frente na "longa estrada da vida". Isso, talvez, seja possível, se nos esforçarmos para impedir que os aspectos negativos da inquietude representem um obstáculo ao nosso crescimento profissional e como ser humano. A insatisfação é útil, desde que aprendamos a controlá-la. Essa é uma tarefa árdua, porque não temos o hábito de analisar nossas atitudes no dia-a-dia; as coisas, simplesmente, passam, sem atentarmos para elas. Com muito treino, acredito que possamos nos tornar pessoas melhores, mais equilibradas, sem, no entanto, perder o desejo de novas conquistas. O lema é "queiramos sempre mais, valorizando tudo o que temos"! 
   E, depois de muito pensar sobre o tema, sabem a qual conclusão cheguei? É melhor pararmos de nos preocupar com o porquê de tanta insatisfação, e começarmos a fazer algo efetivo para mudar. No meu caso, tentarei começar por este texto, que, na minha concepção, está uma porcaria, mas, pra todos os efeitos, está bom demais! (Rsrsrsrs)
   Bom fim de semana a todos!

sábado, 30 de outubro de 2010

A vida em 140 caracteres

  Em tempos de twitter, facebook, orkut, e outros sites de relacionamentos, nos acostumamos a resumir emoções e situações do dia-a-dia em 140 caracteres. Essa, aliás, é uma característica das sociedades modernas, cuja vida encontra-se, hoje, totalmente atrelada à tecnologia advinda de computadores e celulares ultraequipados. Isso sem falar na própria correria rotineira, que fomenta a necessidade de nos resumirmos cada vez mais. Entretanto, não podemos confundir a síntese das nossas atividades através dos meios de comunicação, com a simplicação dos nossos sentimentos como um todo, sob pena de nos tornarmos seres humanos acometidos do que chamo de "neoautismo", isto é, uma afetação da capacidade de comunicação e de relacionamento dos indivíduos, oriunda de uma vida de relação cada vez mais segregada e individualista.
   Na atualidade, é comum encontrarmos crianças e adolescentes que nunca jogaram bola na rua, brincaram de "pique", bolinha de gude, ou taco. Muitos, sequer, sabem o que são alguns destes jogos. Percebam que não estamos falando, aqui, de modalidades antiquadas de atividades infantis. Tratam-se de brincadeiras infanto-juvenis que demandam um relacionamento entre pessoas para que possam ocorrer, e que, com o passar dos anos e o desenvolvimento da tecnologia, estão cada vez mais deixadas de lado, para dar lugar a fantásticos, porém não menos ofensivos à saúde, jogos de computadores e video games. E como resultado da simplificação das brincadeiras, vemos sedentarismo, a obesidade e dificuldades de relacionamentos nestes grupos.
   Mas não só esta parcela da população inspira cuidado. Jovens e adultos estão igualmente sujeitos ao "neoautismo", em outras proporções, é claro. Isso porque passam a adotar, para suas vidas, o ideário da sitetização de atividades rotineiras, mas não param por aí. Pelo contrário, hoje em dia, o que mais se vê nas relações familiares, amorosas e de amizade são pessoas simplificando também seus sentimentos, o que podemos observar quando não expressamos o quanto gostamos de alguém, quando deixamos de dizer algo que nos deixa felizes para o outro não pensar que estamos vulneráveis, ou mesmo quando não visitamos um amigo por preguiça, afinal, podemos nos comunicar por telefone, MSN, ou facebook.
   É uma pena que a sociedade esteja permitindo este novo tipo de relacionamento (ou mesmo a extinção dos próprios relacionamentos), baseado em superficialidade, indivudualidade, medo, dificuldade de entrega. Amar e se relacionar, em todos os seus aspectos e ramificações, é tão bom, gratificante, fortalecedor. Por isso não podemos confundir as coisas. Sintetizar os problemas que o dia-a-dia nos submete, ou mesmo resumir algumas atividades rotineiras burocráticas, é extremamente válido, e devemos nos valer das benesses que a tecnologia nos oferece para isso. Mas não façamos de nossos sentimentos e relacionamentos uma página de resenhas. Pratiquemos, diariamente, o amor, o afeto, a comunicação da forma mais integral possivel! Uma boa forma para fazermos isso? Quando disserem a você "Te amo", nunca devolva com um singelo "Também", ou, pior ainda, com um "tb". Economize caracteres menos importantes, para que você possa, com todas as letras, dizer: "EU TAMBÉM TE AMO, MEU AMOR"! Convenhamos, ainda que saibamos que aquele ser nos ama, é sempre bom ouvir ou ler, não é mesmo?
   E para encerrar, vale a pena postar algumas palavras citadas por Dalai Lama, conhecidas por muitos usuários da internet:
   "Ame profundamente e com paixão. Você pode se machucar, mas é a única forma de viver a vida intensamente".
   Bom fim de semana a todos, e um excelente feriadão!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

"Missão dada é missão cumprida!"

   Esta semana fui ao cinema assistir a "Tropa de Elite 2".
   Além do filme, em si, ser maravilhoso, não podemos deixar de lado o pano de fundo da película estrelada, brilhantemente, por Wagner Moura: a corrupção que assola todos os entes da federação, em todas as esferas de Poder.
   Nunca devemos generalizar nossos discursos, pois, ainda que em minoria, sempre há alguém que se salva no antro de ilegalidade e sujeira que se tornaram Executivos, Legislativos e Judiciários de todo o país; isso seria, no mínimo, injusto com aqueles que tentam, embora infrutíferamente, lutar contra os desmandos de tão potente corja.
   Mas não podemos deixar de observar que a corrupção, no Brasil, foi, é, e, muito provavelmente, continuará sendo o grande mal da nossa sociedade, tudo isso por uma questão cultural.
   Aqui, desde cedo, aprendemos a chamada "cultura do se dar bem". Ainda criança nos ensinam que a vida em sociedade é cruel, e, por isso, devemos estabelecer formas de nos destacar perante os demais, não importando em que bases faremos isso.
   E, neste momento, a educação dada pelos pais se mostra imprescindível. O quadro acima descrito é o que vemos de maneira geral, nas ruas, nas escolas (muitas vezes), e nas rodas de amigos. Mas os ensinamentos oferecidos pelos pais aos seus filhos têm o poder de contrabalançar os males da realidade, e, por isso, são primordiais às crianças e adolescentes em formação.
   Temos a obrigação de ensinar aos nossos filhos que a luta por um lugar ao sol, quer na vida profissional, quer na pessoal, deve pautar-se em princípios ético, morais e de honestidade, ainda que olhemos para o lado e vejamos indivíduos agindo contrariamente a estes padrões. Só assim eles estabelecerão limites entre certo e errado, e poderão conduzir toda a sua vida de relação em preceitos dignos e respeitosos.
   No entanto, infelizmente, na atualidade,não é isso que se observa em grande parte das famílias brasileiras.
   E, aqui, não me refiro somente às classes menos abastadas da população, mas também, e principalmente, àquelas que acreditam que colocar seus filhos em escolas trilingues, ao custo mensal de R$ 3.000,00, as isenta de qualquer responsabilidade educacional e social. Hoje, com muita frequencia, vemos pais outorgando o dever de educar, que lhes é inerente, às instituições de ensino, por acreditarem, sinceramente, que isso, por si só, será suficiente à conferir uma considerada "boa educação" a seus filhos. Ledo engano!
  Não há qualquer dúvida que os ensinamentos conferidos no âmbito familiar, assim como as demonstrações de afeto e carinho na mesma entidade, são de suma importância à formação de adultos conscientes politica e socialmente.
   Por certo, a boa educação familiar não nos exime de ver pessoas, cujas origens nela se pautam, seguirem o chamado "mau caminho". Há, neste aspecto, o fator índole, que acredito estar presente em alguns casos. Entretanto, isso não afasta a necessidade, e, sobretudo, a obrigação de ensinarmos nossas crianças a conduzirem suas vidas sob o manto da legalidade, solidariedade e dignidade.
   Embora a corrupção retratada em "Tropa de Elite 2" esteja diretamente relacionada aos Poderes da República, não se pode deixar de notar que aludidos Poderes nada mais são que figuras regidas por representantes eleitos pelo povo, o que nos remete à origem do problema: a má formação educacional de determinados individuos.
    Daí observamos que, em verdade, não são o Executivo, o Legislativo e o Judiciário os vilões da República Federativa do Brasil, e sim a própria sociedade brasileira, que, em sua grande maioria, vê como "normal", e é habitué de ilicitudes consideradas corriqueiras, como a pirataria, avanço de sinais de trânsito, ultrapassagens pelo acostamento, sonegação de impostos, e por aí vai.
   Temos como lição extraida de "Tropa de Elite 2" que, mesmo adotando as soluções trazidas por "Capitão Nascimento", como a extinção da Polícia Militar, a ala corruptível da sociedade brasileira sempre encontrará uma forma de fazer valer seus interesses pessoais em detrimento da coletividade.
   Isso não significa que as ilegalidades não devam mais ser combatidas. Pelo contrário, precisamos de um Ministério Público e de um Judiciário cada vez mais atuantes na repressão aos delitos já praticados.
   Contudo, de nada adiantará o combate eficiente se não começarmos a investir na educação dos futuros brasileiros, com o intuito de mudarmos uma enraizada "cultura de vantagem".
   Sou, e aprendi com meu pai, a ser uma otimista inveterada. Apesar de todos os esquemas de corrupção avistados diariamente nos noticiários, é certo que este grande mal acomete nosso país há muitos e muitos anos. A diferença é que, hoje, temos uma imprensa investigativa e livre (mesmo com algumas forças tentando impedi-la), e isso, associado a um eficiente e íntegro Ministério Público, são armas fortes no combate às ilegalidades praticadas não só pelos representantes eleitos pelo povo, mas também pelo próprio povo.
   No entanto, a mudança mais eficaz, sem sombra de dúvidas, será a longo prazo, quando percebermos que a educação é a base de tudo.
  

O Início: do começo ou do fim?

   O título deste post é uma referência não só à primeira de muitas postagens do Bloguettini, mas também uma remissão aos questionamentos desta blogueira no que se refere (inspiração by Dilma Roussef!) à passagem do tempo. Sim, porque os anos passam, a idade vem, e com ela muitas dúvidas, frustrações e glórias surgem.
   A idéia central do blog, de uma forma geral, é trazer à lume discussões e reflexões acerca dos principais temas da semana, notadamente os relacionados à política, à moda, e aos conflitos experimentados por todos nós no dia-a-dia.
   E, sem sombra de dúvida, a celebração de mais um ano de vida, para muitos, é um destes temas incômodos, que causam aquele aperto no coração do qual estamos sempre fugindo. Sim, porque, ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, a completude de mais um aniversário pode vir a significar, para alguns, o início do fim, ou seja, menos um ano em sua gloriosa existência. Não deixa de ser uma forma mórbida de encarar esta data tão festiva, mas, infelizmente, muitos a enxergam desta maneira.
   Fato é que, semana passada, completei mais um ano de vida, diga-se de passagem, muito bem vivida até aqui. Mas uma sensação estranha tomou conta de mim. Eu, que sempre amei meu aniversário (por mim faríamos uma festa nos 6 meses que antecedem nossa data de nascimento, e outra no grande dia!), fui acometida do mal do "pessimismo-quase-crônico", que costuma invadir a alma de muita gente.
   Daí comecei a pensar em tudo o que presenciei até aqui, nas coisas que deixer de viver e experimentar, e, de repente, me dei conta de que eu não passo de uma trintona (na verdade, agora 31...) frustrada, mal amada, e invejosa. Pois é, meu senso crítico sofreu uma verdadeira pane, e começou a exigir de mim coisas que eu nunca, sequer, havia pensado, e, naquele instante, eu não era mais a pessoa que pensava ser.
   Não que jamais tivesse passado pela minha cabeça o sentimento de frustação por ainda não ter construido nada de concreto para a minha vida (quando fiz 30 anos, me senti uma Bridget Jones versão thin), mas ao fazer 31, parece que o choque foi bem maior.
   É difícil para uma mulher de 31 anos parar, e perceber que tudo aquilo que planejou a vida inteira para acontecer não se deu da forma como ela imaginava. No meu caso, sempre fui uma mulher sonhadora, quase "viajante", e talvez isso se devesse ao fato de eu ter nascido no dia do aviador...não sei, pode ser! Mas mesmo que não seja, não posso negar a minha natureza "flutante". Por um lado, isso é bom; os sonhos nos mantém vivos, e nos ajudam a lutar por aquilo que almejamos. Mas por outro...
   A este outro lado me refiro, quando observo que todos os meus planejamentos a longo prazo não se consumaram. Por exemplo, aos 13 anos, imaginava que, com 30, já estaria casada, seria mãe de 3 filhos, e muito bem sucedida profissionalmente. Enquanto as meninas daquela idade pensavam em como seria seu primeiro beijo, seu primeiro namorado, sua primeira transa, eu já me via esposa, mãe, e mulher de sucesso em todos os sentidos. E hoje, ao traçar um paralelo entre as garotas que viveram cada dia de uma vez e eu, vejo que aquelas são, na atualidade, muito daquilo que eu pensava ser, ao passo que eu ainda moro com meus pais, recebo mesada, e não tenho emprego. Pra piorar, nem mesmo um namorado de verdade eu tenho hoje. Decepcionante, não?
   Tudo isso, adicionado à ressaca provocada pelo casamento da minha irmã, tornou meu aniversário, este ano, uma grande decepção.
   Como se não bastasse, completar 31 anos me fez perceber que, daqui a menos de 10 anos, vou ter 40! Nossa, eu tenho pouco mais de 9 anos para me realizar profissionalmente, namorar, casar, e ter 3 filhos! Isso, obviamente, de acordo com as concepções estabelecidas por mim na adolescência, né?! De qualquer maneira, naquele fim de semana, a única coisa em que conseguia pensar era que me faltava pouco tempo para atingir metas e realizar sonhos que, em grande parte, não dependem só de mim.
   Você, que está lendo este post agora, não consegue imaginar como eu sou uma pessoa alto astral, de bem com a vida, feliz. Mas afirmo que mesmo pessoas como eu são, de vez em quando, possuidas pelo mal do "pessimismo-quase-crônico", geralmente em alta nos períodos de maior fragilidade, como TPMs, semanas antes de aniversários, etc.
   E sabe a qual conclusão cheguei depois do "surto"?
   Percebi que, apesar de todos os meus planos terem ido por água abaixo, nunca é tarde para começar a fazer aquilo que gostamos, para lutar por aquilo que consideramos correto, enfim, para ser feliz! Planos são apenas planos, que nem sempre se consumam da forma como desejamos; é possível, inclusive, que se concretizem de uma maneira muito melhor, vai saber?!
   Eu seria extremamente ingrata se não agradecesse todos os dias pela pessoa que sou, e por tudo o que tenho, de família a amigos, de conforto à qualidade de vida. Não devemos nunca diminuir nossas conquistas, ainda que mínimas, por conta de coisas e situações que não temos e não vivemos.
   Deixo, aqui, por considerar muito apropriados, os ensinamentos de meu pai, inspirado na "Hilander" Dercy Gonçalves: "Envelhecer é maravilhoso; a outra opção é a morte".
   A outra lição: não assistam novelas!
   Bem-vindos ao Bloguettini!
   Viva la vida!!!