quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Início: do começo ou do fim?

   O título deste post é uma referência não só à primeira de muitas postagens do Bloguettini, mas também uma remissão aos questionamentos desta blogueira no que se refere (inspiração by Dilma Roussef!) à passagem do tempo. Sim, porque os anos passam, a idade vem, e com ela muitas dúvidas, frustrações e glórias surgem.
   A idéia central do blog, de uma forma geral, é trazer à lume discussões e reflexões acerca dos principais temas da semana, notadamente os relacionados à política, à moda, e aos conflitos experimentados por todos nós no dia-a-dia.
   E, sem sombra de dúvida, a celebração de mais um ano de vida, para muitos, é um destes temas incômodos, que causam aquele aperto no coração do qual estamos sempre fugindo. Sim, porque, ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, a completude de mais um aniversário pode vir a significar, para alguns, o início do fim, ou seja, menos um ano em sua gloriosa existência. Não deixa de ser uma forma mórbida de encarar esta data tão festiva, mas, infelizmente, muitos a enxergam desta maneira.
   Fato é que, semana passada, completei mais um ano de vida, diga-se de passagem, muito bem vivida até aqui. Mas uma sensação estranha tomou conta de mim. Eu, que sempre amei meu aniversário (por mim faríamos uma festa nos 6 meses que antecedem nossa data de nascimento, e outra no grande dia!), fui acometida do mal do "pessimismo-quase-crônico", que costuma invadir a alma de muita gente.
   Daí comecei a pensar em tudo o que presenciei até aqui, nas coisas que deixer de viver e experimentar, e, de repente, me dei conta de que eu não passo de uma trintona (na verdade, agora 31...) frustrada, mal amada, e invejosa. Pois é, meu senso crítico sofreu uma verdadeira pane, e começou a exigir de mim coisas que eu nunca, sequer, havia pensado, e, naquele instante, eu não era mais a pessoa que pensava ser.
   Não que jamais tivesse passado pela minha cabeça o sentimento de frustação por ainda não ter construido nada de concreto para a minha vida (quando fiz 30 anos, me senti uma Bridget Jones versão thin), mas ao fazer 31, parece que o choque foi bem maior.
   É difícil para uma mulher de 31 anos parar, e perceber que tudo aquilo que planejou a vida inteira para acontecer não se deu da forma como ela imaginava. No meu caso, sempre fui uma mulher sonhadora, quase "viajante", e talvez isso se devesse ao fato de eu ter nascido no dia do aviador...não sei, pode ser! Mas mesmo que não seja, não posso negar a minha natureza "flutante". Por um lado, isso é bom; os sonhos nos mantém vivos, e nos ajudam a lutar por aquilo que almejamos. Mas por outro...
   A este outro lado me refiro, quando observo que todos os meus planejamentos a longo prazo não se consumaram. Por exemplo, aos 13 anos, imaginava que, com 30, já estaria casada, seria mãe de 3 filhos, e muito bem sucedida profissionalmente. Enquanto as meninas daquela idade pensavam em como seria seu primeiro beijo, seu primeiro namorado, sua primeira transa, eu já me via esposa, mãe, e mulher de sucesso em todos os sentidos. E hoje, ao traçar um paralelo entre as garotas que viveram cada dia de uma vez e eu, vejo que aquelas são, na atualidade, muito daquilo que eu pensava ser, ao passo que eu ainda moro com meus pais, recebo mesada, e não tenho emprego. Pra piorar, nem mesmo um namorado de verdade eu tenho hoje. Decepcionante, não?
   Tudo isso, adicionado à ressaca provocada pelo casamento da minha irmã, tornou meu aniversário, este ano, uma grande decepção.
   Como se não bastasse, completar 31 anos me fez perceber que, daqui a menos de 10 anos, vou ter 40! Nossa, eu tenho pouco mais de 9 anos para me realizar profissionalmente, namorar, casar, e ter 3 filhos! Isso, obviamente, de acordo com as concepções estabelecidas por mim na adolescência, né?! De qualquer maneira, naquele fim de semana, a única coisa em que conseguia pensar era que me faltava pouco tempo para atingir metas e realizar sonhos que, em grande parte, não dependem só de mim.
   Você, que está lendo este post agora, não consegue imaginar como eu sou uma pessoa alto astral, de bem com a vida, feliz. Mas afirmo que mesmo pessoas como eu são, de vez em quando, possuidas pelo mal do "pessimismo-quase-crônico", geralmente em alta nos períodos de maior fragilidade, como TPMs, semanas antes de aniversários, etc.
   E sabe a qual conclusão cheguei depois do "surto"?
   Percebi que, apesar de todos os meus planos terem ido por água abaixo, nunca é tarde para começar a fazer aquilo que gostamos, para lutar por aquilo que consideramos correto, enfim, para ser feliz! Planos são apenas planos, que nem sempre se consumam da forma como desejamos; é possível, inclusive, que se concretizem de uma maneira muito melhor, vai saber?!
   Eu seria extremamente ingrata se não agradecesse todos os dias pela pessoa que sou, e por tudo o que tenho, de família a amigos, de conforto à qualidade de vida. Não devemos nunca diminuir nossas conquistas, ainda que mínimas, por conta de coisas e situações que não temos e não vivemos.
   Deixo, aqui, por considerar muito apropriados, os ensinamentos de meu pai, inspirado na "Hilander" Dercy Gonçalves: "Envelhecer é maravilhoso; a outra opção é a morte".
   A outra lição: não assistam novelas!
   Bem-vindos ao Bloguettini!
   Viva la vida!!!

Um comentário:

  1. Tiçaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Acho que vc está despertando, que booooooooooommmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Veja bem, não leve a vida tão a sério. Relaxe e curta-a! Lembra do ultimo email que a sua mãe mandou, com aquela criança beijando o porquinho? É aquilo alí! Cante, Dance, Relaxe, Ame, Curta a vida e não se arrependa jamais do que já fez. Viva a vida simplesmente. A felicidade é muito simples e a encontramos nos pequenos gestos que nem nos damos conta de perceber.
    Pare com essa estória de estabelecer metas, metas e metas e se cobrar tanto. A vida passa muito rápida.
    E tem mais: "SE OS SEUS SONHOS NÃO SE TORNAREM REALIDADE, NÃO CHORE POR ELES: CRIE OUTROS!" Procure uma ocupação, sem compromisso financeiro, e tente, se interesse pela dor de algum próximo distante- sem amizade, sem grau de parentesco ( Logicamente sem perder o amor e interesse pelo próximo, próximo). mas mantenha certo distanciamento de todos pq estamos aqui, cada um de nós, para evolução. Na escola da vida, todos temos deveres à fazer. Somos todos alunos e ninguém deve ou pode fazer o nosso dever de casa. Nossos deveres são nossos!
    E, acima de tudo, sempre confie em Deus pois que "Ele conceder-te-a tudo o que necessitas e mereces. Sê contente, sê grato! Aconteça o que acontecer , e sempre que acontecer, saiba que NADA PODE ACONTECER CONTRA A VONTADE DE DEUS."(Sri Sathya Sai Baba)
    Te amo, bjos, forte/ apertado abraço fraterno.
    Fique com Deus e muita Luz neste caminho, que é só seu!

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